Destaque do Blog de Jamildo
As eleições serão apenas em 2016 e a campanha ainda não começou
oficialmente, mas os pré-candidatos já marcam forte presença nas redes
sociais, ferramentas que são utilizadas para apresentar pontos de vista e
destacar os pontos fortes da trajetória política.
Cada vez mais, a internet aparece como importante aliada na conquista
do eleitor. A minirreforma eleitoral cria novas regras para a interação
online.
“A campanha nas redes sociais está liberada. Um dos pontos
interessantes da minirreforma é que passa a ser crime eleitoral a
contratação direta ou indireta de pessoas para publicar mensagens com
ofensas a candidato, partido ou coligação”, destaca Rosário de Pompéia,
cientista política e sócia da consultoria Le Fil.
Segundo ela, a prática já era condenada por boa parte das empresas
que prestam esse tipo de serviço. “Infelizmente, algumas se sujeitavam a
esse tipo de atividade”, ressalta.
O descumprimento da nova regra irá gerar prejuízo financeiro e pena restritiva de liberdade.
“Esse tipo de contratação contará com pena de detenção de dois a
quatro anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Para as pessoas que
prestam o serviço, a multa é de R$ 5 mil a R$ 30 mil e estarão sujeitas a
detenção de seis meses a um ano”, explica, durante o Le Fil Day, que
tratou do “Uso das redes sociais pela gestão púbica e as tendências na
área para as próximas eleições”, que aconteceu hoje (26) no empresarial
Jopin.
O evento foi voltado para assessores de políticos e de partidos.
O pré-candidato pode, desde já, mencionar a possível candidatura nos
atos legislativos e manifestar, por redes sociais, posicionamento
pessoal sobre questões políticas.
“Os pré-candidatos à prefeitura do Recife não só estão presentes
nesses veículos de comunicação, mas também possuem atividade intensa”,
ressalta Rosário de Pompéia.
A Lei 12.891, de 11 de dezembro de 2013,afirma que a Justiça
Eleitoral poderá determinar, por solicitação do ofendido, a retirada de
publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos na internet.
A expectativa é que em 2016 a campanha na internet seja mais bem
planejada e estratégica do que as anteriores.
“Não podemos disputar uma eleição desprezando o poder das redes. As
Elas também são importantes para que o candidato compreenda os
principais anseios da população e dialogue sobre o assunto com eles,
promovendo assim o debate e a troca de ideias, conquistando um a um”,
ressalta Rosário.
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