Em reunião na Secretaria de Defesa Social (SDS), nesta segunda-feira
(25), comandantes dos batalhões da Polícia Militar foram informados que o
Governo do Estado já traçou a estratégia caso a greve seja deflagrada na próxima quarta-feira.
O governador Paulo Câmara já teria solicitado apoio da Força Nacional –
repetindo medida adotada pelo ex-governador João Lyra Neto, na greve de
maio de 2014. Apesar da pressão por conta do aumento da violência, o
Governo não deve ceder ao pleito dos militares, que pedem reajuste
salarial de 16,5%.
De acordo com o presidente da Associação de Praças, Policiais e
Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra), José Roberto Vieira, há dois
anos a categoria não tem reajuste salarial. Por isso, com base na
inflação dos anos de 2014 e de 2015, foi solicitada a correção de 18,5%
nos salários. “Também estamos pedindo ao Governo que forneça
equipamentos de qualidade para que o policial possa trabalhar com
segurança”, afirmou.
Na quarta-feira à tarde, acontece mais uma rodada de negociações
entre representantes das associações de militares e com o Governo do
Estado. Deputados estaduais também estão acompanhando as negociações.
Uma passeata dos policiais e bombeiros também está prevista para o mesmo
horário seguindo pelo Centro do Recife até o Palácio do Campo das
Princesas, onde podem decidir pela greve caso as reivindicações não
sejam aceitas ao menos parcialmente.
A última greve da PM aconteceu em maio de 2014. Foram três dias de
terror com registros de arrastões, vandalismo, saques a estabelecimentos
comerciais e aumento no número de homicídios.
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