A cidade é um objeto de
conhecimento muito grande, complexo e com muitas relações e interações,
tornando impossível compreendê-la em sua totalidade. Dessa maneira, se por um
lado a cidade se apresenta como uma força educativa em potencial, por outro, a
complexidade do meio urbano e rural apresentam desafios, para uma prática
educativa que objetive uma leitura crítica sobre o município em que convivemos.
Esse ideal inicial sobre a “cidade”, neste caso equivalente a município, serve
para demonstrar como sociedade, cidade, democracia, poder são conceitos que de
uma forma ou de outra está vinculado com o espaço onde moramos, visto que nesse
espaço é a arena onde se exerce a cidadania.
É perceptívela ideia de
domínio e relações de poder em um município, fica claro que os principais
problemas enfrentados são pela falta de informação do cidadão das políticas
públicas, a interferência da máquina pública para alçar objetivos, as
necessidades existentes na população que fazem os mesmos serem dependentes de
determinados grupos, entre diversos outros preceitos.A ação territorial do
dinheiro em estado puro acaba por ser uma ação cega, gerando ingovernabilidade,
em virtude dos seus efeitos sobre a vida econômica, mas também, sobre a vida
administrativa. Objeto de uma permanente instabilidade, da qual os diversos
agentes constituem testemunhas passivas. O exercício do poder implica a
manipulação constante de um jogo estrutural do poder, em um jogo paradoxal,
permanente.
A falta de informação
do cidadão é um dos principais problemas existente, havendo uma carência de
conhecimento das políticas públicas atrapalhando uma nova visão sobre o quadro
político atual.A falta do conhecimento do cidadão sobre as políticas públicas é
um fator que dificulta a população a reivindicar os seus direitos junto ao
poder público. Os cidadãos são carentes de informação fazendo aqueles que estão
à frente do poder, usufruir desse domínio e por ter conhecimento do território
que vai ser explorado conseguem manter um controle se utilizando das
necessidades das comunidades para conservar seu campo de poder.
Fomos levados a pensar
que democracia é sinônimo de sistema parlamentar e da possibilidade de votar.
Na verdade, democracia somente existe se a vontade do povo coincide com a
vontade do governo. Reduzir nossa atuação política a ações individuais, como o
voto, é uma armadilha que só fortalece aqueles que estão por cima. Precisamos
de espaços e movimentos coletivos em que possamos sonhar, projetar e defender
omunicípio que queremos. Certamente o preconceito das pessoas contra a política
tem um fundo de verdade. Mas este preconceito não é contra a política como um
todo, mas contra a política atrofiada que nos é apresentada. Este preconceito,
no entanto, pode levar à acomodação e à indiferença; a enfraquecer a democracia
e fortalecer o domínio de alguns sobre muitos. Ele precisa ser superado. Qualquer
mudança para melhorar o modo de vida da população em razão do futuro da
sociedade necessita que primeiro aconteça na cabeça das pessoas. Torna-se
essencial permitimos que se introduzam novas ideias, atitudes, pessoas que
realmente estão dispostas a modificar a realidade que com o passar dos anos se
tornou enraizada e atrofiada. Não podemos nos isolar do mundo, dos
acontecimentos, das relações, embora possamos de alguma forma influir sobre ele.Ao
atentarmos para dimensões da política que foram historicamente “esquecidas”, existe
uma luz no fim do túnel.Já mostrava a célebre canção de Lulu Santos:“Vamos nos permitir”. Permitir
conhecer novas ideias, propostas, novas correntes que pode originar em
verdadeiras modificações positivas da realidade atual, pois possuímos o poder
de transformar nossa cidade, e podemos chegar a seguinte conclusão: o poder
sempre estará em nossas mãos.
Caio Cesar
Licenciado em Geografia
Bacharel em
Administração Pública
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